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domingo, 15 de abril de 2012

Eu ou nós?


Não foi nada programado. Eu estava na minha, querendo apenas aproveitar a estação. Você? Você já vinha aproveitando demais, talvez quisesse apenas dar um tempo nessa vida tão agitada, ou não. 
Indecisão. Palavra que define melhor aquele momento. Momento no qual eu tinha que te dar uma resposta e rápido, afinal, você não estava obcecado por mim, foi apenas uma atração. Vontade, muita vontade. Foi a palavra que me levou a fazer o que fiz, que até hoje não me arrependo. Não me arrependo porque o resultado não poderia ser melhor. Passou-se um ano e continuamos da mesma forma. 
Engraçado que parece nunca ter fim esse molde que demos ao que vivemos e esse molde foi feito com o mais puro carinho que existe, com o mais belo sorriso, com o mais belo eu e você, não o "nós", porque o "nós" é coisa de casal e até aquele momento não éramos e nem pensávamos em ser um casal. 
Eu aqui, você ai. Simples. Sem nenhuma complicação, sem nenhum de nós enlouquecermos. Ok, tudo estava correto.
O mal que nos afetou foi achar que depois de tantos 'sentimentos', tudo continuaria da mesma forma e não estávamos errados em pensar assim, afinal, o que poderia mudar depois de tanto tempo? Tudo. Essa é a resposta: tudo poderia mudar. 
Como? Não sei, quando uma coisa tem que ser, ela simplesmente acontece, não há como fugir disso e nem estamos tentando fugir. Na verdade nem sei quando começou essa nossa "nova fase", cheia de apego, paixão e aspas. É, aspas. Porque nem tudo pode ser levado ao pé da letra. Nós estamos juntos mas não estamos, nós estamos apaixonados mas não estamos. Tudo coexistindo num mesmo tempo. Confuso, não é? Não nos escolhemos, isso simplesmente aconteceu e temos que encontrar soluções para lidarmos com isso. 
Talvez até já encontramos... Você está diferente e está me deixando diferente também. O prefixo 'des' da palavra 'desapego' que havia na nossa relação está sumindo aos poucos mas a insegurança e o medo de tentar ainda são maiores, o que me leva a ficar pensando sempre: como desistir de algo que nem começou, praticamente, mas que ao mesmo tempo eu quero continuar? Como me desapegar se ao mesmo tempo eu quero me apegar cada vez mais? Eu disse que as coisas estavam coexistindo ao mesmo tempo e não estou exagerando.
Mas eu também disse no começo do texto que não me arrependia pelas consequências do resultado e é verdade. Mesmo tão confusa, estou gostando de passar por isso. Garota estranha, vai entender. Tenho medo de elevar isso a outro nível, sabendo que o que penso lá no fundo é o que pode valer no final. Tudo ainda está tão recente e vocês sabem, né, com coisas novas todo mundo se impressiona, quero ver é depois de um tempo se manter encantada(o). 
É por isso que estou tentando deixar pra lá. Deixar acontecer naturalmente, com calma, sem pensar no final e apenas curtir o momento porque já entendi que não tenho muito o que fazer agora. 
Não quero recuar, não quero que exista mil esperanças, quero só que esse momento dure mais um pouco antes de chegar a hora de decidir o caminho que isso terá de seguir.

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